sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sociedade Brasileira De Cirurgia Plástica alerta para não tornar o sonho da plástica um pesadelo

Quantas propagandas de cirurgia plástica surgiram na última semana? É só fazer o teste e conferir. Basta bater os olhos em outdoors, placas, jornais, revistas ou zapear pelos canais de TV para se deparar com inúmeros anúncios de clínicas ou empresas intermediadoras que oferecem cirurgias plásticas com valores, formas de pagamento e resultados. Não raro, este tipo de publicidade sensacionalista traz imagens de "antes e depois" para reforçar as promessas extraordinárias. Como cirurgião plástico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo (SBCP-SP), Antônio Graziosi alerta que esta publicidade abusiva pode colocar em risco a saúde do paciente. A realização de qualquer cirurgia precisa atender aos procedimentos médicos de segurança que recomendam essa forma de tratamento, considerando as condições físicas do paciente e o resultado desejado.

A relação médico-paciente é fundamental para diminuir os riscos à saúde, já que em alguns casos não há necessidade da realização da plástica ou o paciente não tem condições físicas adequadas que permitam a realização do procedimento cirúrgico. Nestes casos, o especialista deve recomendar outra forma de tratamento.

Além disso, as empresas intermediadoras exploram os profissionais com baixa remuneração e excesso de horas de trabalho, obrigando-os a realizar procedimentos médicos sem segurança como forma de reduzir os custos e oferecer preços irreais, como se existisse um "mercado" de cirurgia plástica. É incompatível discutir tratamentos médicos com base no raciocínio comercial e financeiro, transformando o trabalho do cirurgião plástico em um negócio que visa exclusivamente ao lucro.


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