A água de coco há muito tempo conquistou sua fama de bebida saudável, rica em sais minerais e vitaminas e de baixas calorias, é um ótimo isotônico natural.
Já o coco, apesar de delicioso, sempre teve fama de gorduroso, condenado à exclusão da dieta de quem quer emagrecer. Mas, como o abacate, ele vem conquistando a comunidade médica, pelas propriedades benéficas que sua gordura apresenta.
O óleo de coco extravirgem é o principal tipo de gordura utilizada na dieta dos nativos de diversas ilhas do Pacífico e chega a corresponder, em algumas regiões, a cerca de 60% das calorias diárias ingeridas. O curioso é que entre estes nativos, a incidência de doenças comuns no mundo ocidental, como diabetes, cardiopatias, câncer e obesidade, é baixíssima. Pesquisadores compararam o cardápio de parte da população que mantinha a dieta local tradicional com a outra parcela que seguia um menu ocidentalizado. O resultado mostrou que a saúde e a dentição dos habitantes com dieta tradicional eram excelentes, enquanto a outra parte apresentava mais problemas de saúde e doenças degenerativas.
Como a gordura do óleo de coco não precisa de enzimas especiais para ser absorvida e se transforma rapidamente em energia, não fica depositada no corpo. Por isso, ela é considerada termogênica (aumenta a produção de calor no organismo e queima gorduras) e ajuda no emagrecimento. "O óleo da fruta tem o poder de estimular o metabolismo orgânico, aumentando o gasto calórico, e converte calorias em energia", comenta Sérgio Puppin, cardiologista e especialista em nutrologia (SP) e membro da Academia de Ciências de Nova Iorque (EUA). E isso não ocorre com o consumo de Triglicerídeos de Cadeia Longa (TCL), que estão presentes em outros tipos de óleo, como os de soja, girassol e milho. Puppin acredita que emagrecer com a gordura do coco é uma conseqüência desse processo. "O ideal é adotar o seu consumo para melhorar a saúde como um todo. E, nas pessoas com excesso de peso, surge uma agradável surpresa: o emagrecimento, que pode chegar a 3 kg por semana!", avisa. E ainda: "Estudos mostram que, mesmo quando se abandona o consumo do óleo, os resultados da dieta são mais duradouros se comparados aos de outros regimes", conta o cardiologista.
É um alimento complementar com inúmeras propriedades benéficas para a saúde, proporcionando fortalecimento do sistema imunológico, facilitando a digestão e a absorção de nutrientes. Quando submetido a altas temperaturas, o óleo de coco extra virgem não perde suas características nutricionais, sendo considerado um óleo estável. É também considerado o mais saudável para cozinhar, não apresentando gordura trans gerada pelo processo de hidrogenação, que está presente em todos os óleos de origem vegetal, como os de soja, canola, milho e até o de oliva, que é considerado o óleo mais saudável. São encontradas diversas substâncias no óleo de coco, entre elas os ácidos graxos essenciais e o glicerol, que é importante para o organismo – com ele o corpo produz ácidos graxos saturados e insaturados de acordo com suas necessidades. O óleo de coco extravirgem apresenta um alto índice de ácido láurico, mirístico e caprílico, entre outros. Segundo a Dra. Mary Enig, especialista em gorduras, o ácido láurico é um ácido graxo de cadeia média, que é transformado em monolaurina no corpo humano. A monolaurina é antiviral, antibacteriana e destrói vírus revestidos de lipídeos e diferentes bactérias patogênicas, incluindo a Helicobacter Pylori (causadora da gastrite).
Seis a sete porcento dos ácidos graxos do coco são compostos pelo ácido cáprico, também transformado no organismo humano, a monocaprina, e também com propriedades antimicrobianas contra HIV, Chlamydia e herpes.
A gordura do coco leva à normalização dos lipídeos (gorduras) corporais, protege o fígado dos efeitos do álcool e aumenta a resposta imunitária contra fungos, bactérias e protozoários; também se mostrou benéfica no combate aos fatores de risco para doenças cardíacas. Uma dieta rica em óleo de coco não aumenta o colesterol e nem o risco de mortalidade ou morbidade por doença coronariana, uma vez que, tem a propriedade de aumentar a fração HDL do colesterol (“colesterol bom”).
A ingestão do óleo de coco bloqueia o sistema enzimático que converte os carboidratos em gordura corporal. Os ácidos graxos provenientes do óleo de coco são a fonte preferida de combustível para as fibras musculares vermelhas durante o período de exercícios de moderada intensidade.
O óleo do coco extra virgem é livre de gordura trans e possui alto teor de ácidos graxos de cadeia média (ácido láurico), idênticos aos encontrados no leite humano. Além do mais, reduz o risco de doença cardíaca e coronariana, reduz o risco de câncer, regulariza o ritmo intestinal, ajuda a controlar o diabetes, aumenta os níveis de energia, melhora a digestão e absorção de nutrientes, aumenta o metabolismo, ajuda na perda de peso (acelera a queima das gorduras), ajuda a prevenir a osteoporose, mantém a pele macia e previne o envelhecimento precoce (a fruta tem alto poder antioxidante, atuando na diminuição da produção de radicais livres, graças à ação da vitamina E.). Também ajuda a reduzir o colesterol ruim (LDL) e promove a elevação do bom (HDL), contribuindo assim para a prevenção e o tratamento das doenças cerebrais e cardiovasculares.
A gordura apresenta grande concentração de ácido láurico, o mesmo presente no leite materno. Ele protege a flora intestinal e ajuda a regular a função intestinal, tanto nos casos de prisão de ventre como nos de diarréias.
Estudos realizados há mais de 30 anos comprovaram que ela estimula a função da tireóide. O bom funcionamento dessa glândula faz com que o mau colesterol (LDL) produza hormônios necessários na prevenção de doenças e outros males crônicos.
Por fim, mais um ponto para a dieta: ele controla a compulsão por carboidratos, pois proporciona uma sensação de saciedade e não estimula a liberação de insulina. Dessa forma, diminui a compulsão por doces.
O óleo de coco extra virgem não é um medicamento, e sim um alimento complementar coadjuvante na prevenção de diversas doenças. Por isso, deve ser consumido diariamente para que o organismo obtenha uma reserva de ácidos graxos, presentes no óleo de coco.
Diferente das outras gorduras, o óleo de coco é muito resistente à alta temperatura e não elimina suas propriedades quando aquecido. A substância pode ser tomada pura ou misturada aos alimentos ou em substituição a outros óleos, que perdem as características quando submetidos ao calor.
A melhora começa a aparecer após a segunda semana de consumo. A recomendação é de 3 colheres de sopa, distribuídas ao longo das refeições, no tempero de saladas, misturado ao iogurte, em shakes ou vitaminas, passado em torradas, etc.
Na hora da compra, preste atenção no rótulo: O óleo não deve ser submetido a processo de refinação. Quando refinados, perdem seus antioxidantes e alguns ainda são hidrogenados, transformando-se nas gorduras trans, estas, sim, muito nocivas à saúde.
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